quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Entender a abrangência da mensagem de Deus

Vamos analisar uma maravilhosa experiência que os discípulos de Jesus tiveram durante uma tempestade no mar da Galileia e que foi e relatada por Mateus (Mt 14,22-33). E, para começar bem nossa análise, vou repetir uma frase do Senhor Jesus: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!” (Mt 14,27).

Essa frase do Senhor Jesus foi dita em um momento onde os discípulos estavam diante do inesperado. Mas, hoje essa frase tem um destinatário especial: Você! Essa frase é suficiente para encerrarmos a nossa conversa da semana, porque ela diz tudo. Mas, não se preocupe que eu não vou fazer isso; até porque, essa frase do Senhor deve nos levar a refletir sobre uma pergunta que já ouvi algumas vezes: “Por que eu tenho problemas, mesmo estando em Cristo?”; e, completam: “Eu achei que Ele me livraria de todos os males! Afinal, eu busquei a Deus e uma igreja para melhorar a minha vida e não para piorá-la!”.

E, todas as vezes que me deparo com esses questionamentos, tenho a certeza que pensar assim é ter uma idéia muito simplista sobre o poder de Deus e o que esse poder pode fazer na sua vida. Mas, antes de passarmos a uma análise mais profunda dessa questão, é preciso ressaltar que a frase “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!” (Mt 14,27) completa toda dinâmica da multiplicação dos pães e dos peixes; é por isso que Mateus nos apresenta a narrativa da travessia do mar da Galileia recheada de cenas supranaturais e com um conteúdo nitidamente simbólico. E, isso não acontece por acaso;

Até porque, depois da partilha dos pães e peixes que foram multiplicados por Jesus, o Senhor toma três ações distintas: Primeiro Ele manda os discípulos de barco para atravessar o Mar da Galileia e ir até Betsaida; depois despede a multidão; e, por fim, sobe a montanha para orar. Desses três momentos, escolho o primeiro para a nossa conversa: Os discípulos no barco, no meio do mar da Galileia, encontraram dificuldades devido ao vento contrário.

O “mar”, no texto de Mateus, representa o caos ameaçador que deve ser enfrentado por cada um de nós. É por essa razão que Jesus, andando sobre esse mesmo mar, chega até eles e se afirma como Aquele que partilha os pães e indica o caminho da superação do caos.

Porém, mesmo o Senhor sendo tão claro, os discípulos não conseguem entender a abrangência da Sua mensagem; e relevam toda a simbologia apresentada por Jesus.

É por isso, que hoje quero falar com você, especificamente com você, sobre as lutas que temos na nossa vida; lutas que sempre envolvem terceiros com temperamentos e personalidade diferentes dos nossos; aquilo que já falei, nós temos um tendência a achar que “o culpado de grande partes das coisas que nos acontece é sempre o outro”; mas, não é assim, então deixe de olhar para o outro, deixe de reclamar e constate que grande parte dos seus problemas podem ser resolvidos, ou quiçá, amenizados através de uma harmonia profunda com Jesus.

E, isso não é uma invenção da minha cabeça; até porque, para aquele que está em Jesus, os problemas ocasionais servem para mantê-lo em Cristo, depender D’Ele e permitir que Ele possa tranqüilizar o seu coração. Uma coisa é enfrentar a vida sozinho e sem qualquer parâmetro; outra coisa é enfrentar a vida com Deus no nosso lado.

E, por isso que devemos reconhecer a importância de Deus, buscando tomar para si à promessa de Deus que por mais de 20 séculos faz a todos nós: Que vamos receber do Seu Santo Espírito todas as condições necessárias para seguir em frente e nos transformarmos em embaixadores de Jesus, visando concretizar o Seu plano maior: À transformação do mundo.


Na verdade, o que Deus promete a mim e a você, é que além dos obstáculos, tribulações e decepções, vamos ter uma vida também recheada de soluções para que possamos alcançar a tão sonhada felicidade, sem nada temer, pelo simples e relevante fato de que “eu sei em quem eu tenho crido” (II Tm 1,12); então se você sabe em quem tem crido receba do Senhor uma dose extra de confiança, quando Ele nos diz “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!”.


Rev. Antonio Bastos




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