quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A grandeza do nosso Deus no mundo

Ontem constatamos juntos (veja como estou pretensioso!) que o Evangelho de Mateus (Mt 14,22-33) traz a tona uma certeza: Devemos seguir as determinações de Jesus, mesmo que elas nos levam ao “olho” da tempestade; porque Deus, através do Seu Espírito Santo, no momento certo estará com a Sua mão estendida para nós.

Mas, para que isso aconteça, nunca devemos tirar os nossos olhos de Jesus. Veja o exemplo de Pedro, quando sentiu o vento, ficou com medo, deixou de olhar para o Senhor e começou a afundar. Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem fraco na fé, por que você duvidou?”. A grande lição que essa passagem nos ensina é que muitas vezes nós tiramos os olhos de Deus quando tudo vai bem.

Pedro estava vivendo uma experiência magnífica, jamais experimentada por ninguém. Pedro teve a chance de romper as leis da física e caminhar sobre as águas; mas, durante esse momento espetacular Pedro tira os olhos de Jesus e começa a afundar. Muitas tiramos os olhos do Mestre, perdemos o foco e passamos a olhar somente para a tempestade e esquecemos que o sol vai brilhar logo em breve; é por isso que afundamos.

Note que de todos os apóstolos, Pedro foi sempre o mais impetuoso e agitado; e, imagino que foi exatamente por isso que Pedro foi aquele que mais Jesus experimentou. Mesmo assim, Pedro teve as suas contradições, uma hora ele está em cima outra em baixo.

E, quando Jesus pergunta o que dizem os homens quem Ele era, os discípulos começam a dar as opiniões da população; mas, Pedro salta e diz “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16,16) ao que Jesus responde dizendo “Bem aventurado és tu Simão filho de Jonas, porque não foi carne nem sangue que te revelou mais o meu pai que está nos céus” (Mt 16,17).

E, Pedro pensa, “Tô bem na fita”, porque ser elogiado por Deus não é coisa para todo mundo; mas, naquela mesma tarde quando Pedro se intromete na Palavra do Senhor e ouve o oposto quando Jesus diz a ele “Fique longe de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, porque não pensa as coisas de Deus, mas as coisas dos homens!” (Mt 16,23);

E, Pedro reflete: “De manhã eu fui bem aventurado, agora Ele me chama de satanás, quem eu sou?”. Esse era Pedro. Mas não parou por ai, Pedro chegou até a negar que conhecia Jesus por três vezes; mas Jesus o restaurou e quando Pedro, na praia do mesmo Mar da Galileia, afirmou que amava o Senhor por três vezes, Jesus deixa Pedro como o responsável para continuar a sua Igreja, dizendo: “Tu és Pedro e sobre essa pedra erguerei a minha Igreja. Tudo o que ligares na terra, será ligado no céu. Tudo o desligares na terra, será desligado no céu. E, as forças do mal nunca prevalecerão contra Ela” (Mt 16,17-18).

E, Pedro, cumprindo a missão que Jesus lhe deixou, acabou sendo preso e, ao lhe dizerem que ele iria morrer crucificado como Jesus, ele disse: “Não eu não mereço morrer como o meu Senhor”; e pediu que o crucificassem de cabeça para baixo. E, assim foi feito.

Pedro é o exemplo que a nossa confiança em Jesus deve ser ilimitada; então, meus queridos tenham a certeza absoluta de que Jesus te localiza onde você estiver; Jesus tem conhecimento de toda a sua vida, de todos os seus passos, de todas as suas necessidades. Jesus é O Deus poderoso que caminha sobre as águas, e anda no meio da tempestade, e quer te livrar de todos os males.

Então saiba que as tribulações, as tempestades que você passa na vida, não tem outra finalidade a não ser mostrar toda a glória de Deus. Vou afirmar algo que talvez você não saiba: É através das tribulações que você cresce; é através das tribulações que você se torna uma pessoa mais madura. E isso demonstra que o único meio de amadurecermos a nossa fé, é só mesmo quando passamos por momentos difíceis, duros, que chacoalham a nossa vida, parecendo nos querer engolir ou derrubar. Então use as tempestades da vida para testemunhar a grandeza do teu Deus ao mundo.

E, isso demonstra que os problemas são inevitáveis e, que são também uma forma de nos ajudar a crescer espiritualmente; ou seja, Deus está mostrando a cada um de nós que independente do tamanho dos nossos problemas, angústias ou decepções, devemos, sempre, ver neles o potencial necessário para que, com muito trabalho, possamos transformá-los em, primeiramente, uma carga mais leve e, logo em seguida, no combustível necessário para seguirmos a diante e chegarmos mais longe.

Lembre-se que Jesus pode nos ajudar a administrar os nossos fardos e cargas que hoje nos parecem demasiadamente pesadas. Está em Mateus 11,28 “Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. Então, se você tem dificuldade em solucionar problemas? Lembre-se que Deus o ajudará. O único pré-requisito é pedir, porém, pedir com fé, não duvidando; pois, aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Ou seja, devemos, sempre, confiar nas promessas de Deus e nunca em nós mesmos, tendo a nítida, clara e incontestável certeza que todos os planos que Deus tem para nós são bons; tendo sempre em mente que “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8,28).


                                                                                                  Rev. Antonio Bastos








Nenhum comentário:

Postar um comentário